03/10/2011


Eu vejo as pessoas se afastando de mim, vejo amigas, confidenciando seus segredos a outras pessoas, eu vejo sentimentos ressurgirem com toda força, e isso é péssimo para mim. Eu não sei o que me faz pensar que o meu problema com você, foi diferente dos outros, mas para mim foi mais real do eu que gostaria que seria. Acontece que seu olhar reflete tudo aquilo que eu lutei por esquecer, e seu sorriso tudo aquilo que meu coração quer esconder. Assim as lágrimas caem sucessivamente, como se elas pudessem exterminar o que vem de dentro, e sair do coração junto com elas. Não é nada fácil olhar para você, sentir isso e ter que esconder, não é fácil passar quatro anos sem nem mesmo dar um oi, com medo do que poderia acontecer, por parte de ambos. A culpa foi minha, foi sua, e nesse momento a culpa está sendo do destino, por me por nesse caminho, nessa estrada, que tem tantas encruzilhadas que se torna difícil sair, e acabo me perdendo, e esbarrando em você. Eu vi o seu rosto naquele dia, estava limpo, sem mágoa, parecia tudo normal, mas você não sabe o que se passou comigo, não sabe como tive que esconder de todos, a razão pela primeira vez chorar na frente de todos, por ter sido tão fraca, a ponto de me importar demais com coisas que deveriam ter passado. Dizem que o tempo cura tudo, mas se olhar no fundo nos meus olhos ainda verá, as marcas das lágrimas que ainda não secaram totalmente de tanto tempo atrás, a última vez que realmente chorei por você. As promessas nunca forma não objetivas, as palavras nunca soaram tão mentirosas, os sentimentos nunca foram tão confusos a ponto de brigaram entre si, entre o amor e o ódio, e nessa confusão, fica difícil expô-los para fora. Eu só te peço, não me olhe mais como antigamente, não de sorriso desnecessários,  eu juro que esquecerei, aquele abraço, aquele sentimento, e se por acaso esbarrar em mim de novo nesse caminho, me deixe passar, me deixe escolher entre o certo e o errado de novo e de novo, para não ter que fazer sempre a mesma escolha. E se algum dia me perdoar, por ter feito demais de tão pouco, me diga, porque esse remorso me corrói, porque ainda espero olhando do vão da janela, você fazer aquilo que fazia a tempo atrás. E por isso eu digo, eu posso não te amar mais, mas eu não te esqueci, porque é como andar de bicicleta, você nunca esquece, porque os tombos geram marcas, que te impedem de querer cair de novo...